Aumento do IOF eleva o custo do MEI e preocupa pequenos empreendedores
- Renan
- 23 de jul.
- 4 min de leitura

O que era para ser um modelo simplificado de negócio está ficando mais caro. O recente aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) impactou diretamente o custo MEI, afetando milhares de microempreendedores individuais em todo o país.
Embora a nova regra ainda seja provisória, ela já começa a pesar no bolso de quem depende de crédito para manter as atividades funcionando.
Entenda o que mudou no IOF e por que isso afeta o custo do MEI
Desde julho, entrou em vigor uma medida do governo federal que restringe a isenção de IOF para operações de crédito contratadas por MEIs. Antes, muitos microempreendedores tinham acesso a linhas de financiamento com isenção total ou parcial do imposto. Com a nova regra, o IOF passa a ser cobrado integralmente sobre esses empréstimos.
Isso significa que, na prática, os custos para pegar empréstimos, antecipar recebíveis ou fazer financiamentos aumentaram. E como grande parte dos MEIs depende de crédito para manter estoque, investir em equipamentos ou até quitar despesas básicas, o impacto é imediato.
Qual é o valor do novo IOF para MEIs?
O IOF atualmente é de 0,38% fixo, mais 0,0082% ao dia sobre o valor financiado, para operações de crédito. Com a retirada da isenção para o MEI, esses percentuais voltam a ser aplicados integralmente.
Por exemplo, em um empréstimo de R$ 5.000 para pagamento em 12 meses, o aumento no custo final pode chegar a cerca de R$ 200 a R$ 300 a mais, dependendo das taxas praticadas pelas instituições financeiras. Pode parecer pouco, mas para um negócio de faturamento mensal de até R$ 7.200, faz diferença no caixa.
A regra do IOF para MEIs é definitiva?
Não. A mudança ainda está sob avaliação e foi publicada por meio de uma medida provisória (MP), o que significa que o Congresso Nacional precisa aprová-la para que ela se torne permanente.
Até lá, a cobrança está valendo, mas ainda pode ser alterada ou até revogada. Mesmo assim, especialistas alertam que o momento é de atenção, já que as decisões políticas e fiscais afetam diretamente o dia a dia de quem empreende.
Como o aumento do IOF afeta a rotina de um MEI
O aumento no custo MEI afeta diretamente a saúde financeira de quem já opera com margens apertadas. Muitos microempreendedores usam o crédito como ferramenta para manter o negócio rodando e crescer de forma gradual. Quando o acesso ao crédito encarece, a tendência é postergar investimentos ou até cair na inadimplência.
Além disso, a falta de previsibilidade nas regras tributárias dificulta o planejamento financeiro e compromete a estabilidade de pequenos negócios, que são justamente os mais vulneráveis a mudanças fiscais.
O que o MEI pode fazer diante dessa mudança?
Embora o cenário seja desafiador, há algumas estratégias que o microempreendedor pode adotar:
Evite empréstimos no curto prazo, a menos que seja realmente necessário.
Negocie condições com o banco, explicando a situação e buscando taxas menores.
Consulte linhas de crédito alternativas, como cooperativas ou fintechs, que às vezes têm taxas mais vantajosas.
Mantenha o controle financeiro rigoroso para não depender de crédito emergencial.
Acompanhe as atualizações da medida provisória, pois o cenário ainda pode mudar.
No Finança Smart, incentivamos o planejamento e o consumo consciente de crédito, principalmente para quem está começando ou já tem um pequeno negócio em operação.
Por que o MEI precisa ficar atento às decisões econômicas
O MEI representa mais de 14 milhões de brasileiros e é responsável por movimentar parte relevante da economia informal e formal do país. Por isso, qualquer mudança tributária, por menor que pareça, pode ter grandes consequências em escala nacional.
Estar bem-informado ajuda o empreendedor a se antecipar, ajustar suas decisões e buscar alternativas menos prejudiciais ao seu negócio.
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FAQ – Perguntas frequentes sobre o aumento do IOF e o custo do MEI
1. O que é IOF?
É o Imposto sobre Operações Financeiras, aplicado em empréstimos, câmbio, seguros e operações de crédito.
2. O MEI pagava IOF antes?
Na maioria das operações de crédito, os MEIs tinham isenção ou alíquota reduzida. Com a nova regra, a cobrança voltou ao valor cheio.
3. A medida é definitiva?
Não. Ainda é provisória e depende da aprovação do Congresso.
4. Qual é a nova alíquota de IOF para MEIs?
0,38% fixo mais 0,0082% ao dia sobre o valor do empréstimo.
5. Quanto isso aumenta o custo de um empréstimo?
Em um empréstimo de R$ 5.000, pode haver aumento de até R$ 300 no custo final, dependendo das condições.
6. Afeta todas as operações financeiras do MEI?
Principalmente as de crédito. Transações comuns, como PIX e TEDs, não são afetadas.
7. Posso recorrer para manter a isenção?Por enquanto, não há exceção oficial. É necessário aguardar a tramitação da MP.
8. Onde posso acompanhar as atualizações?
No site da Receita Federal, nos canais oficiais do Sebrae e aqui no Finança Smart.
9. Fintechs também cobram o IOF?
Sim. O imposto é federal, então vale para todas as instituições que oferecem crédito.
10. O que fazer agora?
Evite crédito se possível, acompanhe a evolução da medida e planeje suas finanças com mais atenção.
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